quarta-feira, novembro 04, 2009

Mulheres vencidas, jamais serão unidas




Existe uma grande competição acontecendo. Acontece neste exato momento, 24 horas por dia, 365 dias por ano e 366 dias nos anos bissextos. Essa mesma competição começou há anos, mais ou menos pelos anos 70, e acirrou-se no final dos anos 90 e só cresce em competitividade desde então. Estou falando, é claro, da Competição Mundial de Mulheres.

Mulheres competem o tempo inteiro entre elas mesmas. Algumas chegam ao cúmulo de passar horas em institutos de beleza, gastar muito dinheiro em roupas, comer pouco e comprar AB-shapers e calças anti-celulites, tudo isso só para obter vantagem sobre as competidoras. Mas o maior triunfo que uma mulher pode ostentar nesta cruel e vil batalha resume-se em um anel dourado em sua mão, o símbolo do casamento.

O casamento nada mais é que um "nível" avançado, que demonstra que a competidora teve as habilidades e atributos necessários para fazer com que um homem (mero acessório que pode tanto contribuir quanto arruinar com a competição) aceitasse estar sujeito às suas diversas alterações de humor, aos desejos (principalmente materiais) e que concordasse em aceitar os efeitos do tempo, que manifestam-se rapidamente sobre as mulheres, sem reclamar (para ela). A maior humilhação para uma mulher derrotada na Competição Mundial de Mulheres é receber o rótulo de "solteirona" e "ficou pra titia". É pior que a morte.

As participantes dessa competição raramente fazem amizade com outras competidoras. Principalmente se trabalham juntas. Mas claro, uma boa jogadora deve ter a capacidade de fazer com que as adversárias a considerem uma ótima "amiiigaaa", troquem beijos distantes na bochecha e troquem muita informação sobre quaisquer desafiantes (fofoca). Desnecessário dizer, punhaladas pelas costas, difamação e exposição pública são armas muito usadas, principalmente pelas novatas, que ainda estão longe do nível das casadas.

Com o passar do tempo, o espírito competitivo da mulher vai esmorecendo, aí então ela sente-se vitoriosa, quando na verdade deve estar perdendo feio a disputa para mulheres mais jovens.

Enquanto as mulheres ficam digladiando, enfraquecem-se, permitindo aos homens dominarem os cargos importantes nas empresas e na política, ditarem as tendências da moda que sustenta a disputa, e enriquecerem às custas das mulheres, que estão concentradas demais para perceber que estão levando chifres e mais chifres de seus homens, e só pensam em como vão arrasar as colegas na festa da empresa desfilando com aquele par de sapatos novos.

Os próximos posts também serão sobre essa criatura interessante, a mulher.

Um comentário:

Gabriela Welter disse...

Cara gostei das coisas que tu escreve!

Abraço!