domingo, agosto 29, 2010

Macho Pra Caralho


Existem certas situações em que a hombridade tem que prevalecer. Acima de tudo, o orgulho, a macheza, e os culhões precisam ser demonstrados publicamente para que você faça o mundo entender porque você merece carregar o cromossomo Y. Vou lhes contar uma história que ilustra bem isso:

Época de carnaval. Aquela alegria contagiante, ninguém quer ficar parado por um segundo sequer, exceto um amigo meu, aqui chamado de Roberto em homenagem ao segundo nome de seu querido pai. A razão pela qual Roberto queria um pouco de sossego era porque estava voltando de um baile, exausto, em alto grau etílico, e tendo que trabalhar dentro de algumas horas. Sendo assim, acomodou-se em uma das poltronas no corredor do ônibus de seu bloco de carnaval, reclinou-se bem e deixou que o cansaço e a bebedeira o levassem para os braços de Orfeu.

No entanto, para o azar de Roberto, alguns integrantes do bloco ainda estavam no espírito do “não pode parar”, e começaram a algazarra dentro do ônibus, cutucando aqueles guerreiros que tentavam dormir, gritando e agitando, com a energia dos despreocupados com a vida.

Frente àquela situação, meu amigo adotou uma estratégia audaciosa: fingiu não dar bola para o que estava acontecendo, e simulava um sono profundo. Isso incomodou bastante aos baderneiros, que não poderiam admitir que alguém se acostasse na viagem de volta. Obviamente, Roberto tornou-se o alvo número um do bando, que se aproximou e iniciou a sessão de torturas: berros ao pé do ouvido, cutucões, música alta... e Roberto resistia bravamente, sem demonstrar sequer um movimento muscular facial ou alteração de ritmo respiratório. Considerava-se um vitorioso, capaz de quebrar o espírito do grupo, que aos poucos ia desistindo de importuná-lo. Ele só não contava com o ataque final...

Utilizando-se da mais cruel, vil e sorrateira forma de tortura humana, um dos agitadores aproximou sua região glútea às inocentes e repousantes narinas de Roberto, e sim, acreditem, lançou uma generosa flatulência em sua direção. Mas não foi qualquer flatulência, veja bem. Era carnaval. Sabemos o que elevadas quantidades de cerveja são capazes de fazer dentro do organismo humano, produzindo verdadeiras armas químicas, “bufas” ácidas, que são capazes de corroer cuecas e fossas nasais com facilidade. Que situação horrível sofreu meu amigo.

Corajosamente, Roberto não esboçou qualquer reação. Percebendo que havia sido vítima de tal atrocidade, concentrou-se em não se entregar, e lentamente respirou toda a pura essência do metano fétido que invadia suas vias respiratórias e lhe traumatizava para sempre. Sem fazer careta, sem lacrimejar, sem pedir arrego. Tal foi sua resistência, que o bando desistiu por vez de incomodá-lo, e tomou seu rumo para o fundo do bus. Roberto havia vencido. Podia agora tentar descansar. Esse, meus amigos, é o real exemplo do que é ser macho pra caralho


domingo, agosto 08, 2010

Valores

Os nossos andam assim:



Sad but true.