quinta-feira, novembro 29, 2007

O Descobrimento do Brasil

Depois de tantos anos, as letras de Renato Russo e a Legião Urbana continuam sendo atuais... e inesquecíveis. Vale lembrar essa aqui:

quinta-feira, outubro 18, 2007

A Tal Da Carga


Vou falar de uma coisa que me irrita muito. Irrita demais. Irrita profundamente!! Grrr, dá raiva só de pensar. Essa coisa é uma frase, um fato, que se manifesta de várias formas, mas a que mais me enerva é esta: "tem carregador de celular aí?" (OBS.: pergunta feita na sala de aula da faculdade). Por que raios eu teria um carregador de celular comigo na sala de aula da faculdade?? Se me pedires uma caneta, uma lapiseira ou uma calculadora tudo bem, mas um carregador de celular? WTF?
Para continuar o nível de idiotice do diálogo, geralmente eu respondo com um óbvio e seco "não, por quê?" Daí a pessoa me olha como se estivesse prestes a responder a pergunta mais óbvia do mundo (e realmente está) e fala: "pra carregar meu celular, tá sem bateria". Essa é a outra frase que me irrita demais.

A pergunta que você pode estar se fazendo é: "mas por que o Caio Verídico se irrita tanto por causa de celulares sem bateria?".

Bom, pergunta-me, respondo-te: Me irrita ver pessoas com celulares descarregados, principalmente quando você tenta LIGAR pra elas, e depois ouve a desculpa "ai, tava sem bateria", porque não entra na minha cabeça COMO ALGUÉM NÃO CONSEGUE CUIDAR NEM DE UM CELULAR???

Imagina o dia que a pobre criatura tiver um filho, o que vai ser? "Ai, esqueci de dar comida pra ele, tadinho."

É tão fácil manter um celular carregado que até VOCÊ pode fazer. Vou ensinar, ó:

Já viram esse objeto abaixo??


Chama-se TOMADA. Dê uma olhada ao redor, com certeza há uma ou mais em sua casa.

Agora, sem esquecer da tomada, olhe o objeto abaixo:

Chama-se CARREGADOR.
Isso mesmo, amiguinho, ele serve para CARREGAR a bateria do seu celular!

Mas não se desespere se você não tiver um assim. Existem de outros tipos, como este por exemplo:
Com certeza se você tem um celular, você tem um carregador.

Aqui vai um conselho que pode salvar vidas, transformar a sua rotina: como manter seu celular sempre carregado.
É simples, acompanhe os passos:

1. Pegue o carregador do seu celular (caso você tenha esquecido o que é um carregador, olhe mais acima).
2. Localize a tomada mais próxima (caso você tenha esquecido o que é uma tomada, você é retardado, ou retardada, ou os dois, vai saber hoje em dia)
3. Observe que no seu CARREGADOR há dois pinos.
4. Observe que na sua tomada há duas entradas (mais conhecidas como buracos).
5. Introduza os pinos do CARREGADOR, nos buracos da TOMADA.
6. Localize a outra ponta do seu CARREGADOR (que é a que não está ligada na tomada).
7. Introduza essa ponta no seu celular, na entrada correspondente.
8. Faça isso todas as noites, antes de dormir (ou você é muito ocupado enquanto dorme?) e assim mantenha a porcaria do celular carregada sempre e não me encha o saco pedindo carregador em situações bizarras e ainda melhor, não me obrigue a escutar a musiquinha de celular desligado, ou fora da área de cobertura, porque você não conseguiu manter uma mísera carga de celular.

O mais engraçado é que sempre quando eu levo meu laptop na aula, aparece algum ser vivo querendo usar a MINHA tomada onde eu ligo o MEU laptop para carregar a porcaria do celular. Salve sua vida, siga o meu conselho.
E como eu sou uma alma extremamente benevolente, fiz até um vídeo, para exemplificar esse complicado processo de carregar um celular sempre antes de dormir:



Viu como é fácil? Até eu que sou vesgo e descoordenado consegui carregar meu celular usando apenas uma mão, e filmando ao mesmo tempo! Repita comigo: SIM, EU POSSO!
E seja feliz com o seu celular, sempre com bateria suficiente para receber ligações e não precisar encher meu saco.

Amo vocês.
:*

P.S.: Não se preocupem com a tal história de "viciar" a bateria. A não ser que você seja dono de um celular tijolão, sua bateria é moderna o suficiente para suportar cargas diárias, o que, aliás, aumentará sua vida útil.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Motoristas de Ônibus


Alguém mais já reparou como motoristas de ônibus têm tendência, na sua maioria, a ter um péssimo gosto musical? É impressionante. Estou começando a achar que deveria ser proibido o uso de rádios e CD players em ônibus, ou então que estejam totalmente fora de alcance do motorista.
Basicamente, toda vez que escuto música em um ônibus é algum tipo de música de corno, não importa o ritmo, pode ser sertaneja (principalmente essas), bandinha, forró, ou qualquer outro ritmo popular, desde que fale sobre alguma coisa vulgar e tenha uma letra a qual você não canta se não estiver em algum baile pelo interior e em alto grau etílico.
Uma boa "música de zona" também é muito apreciada pelos queridos condutores nossos de cada dia, e sendo ela uma "boa música de zona", não pode deixar de contar palavras da estirpe de, por exemplo: cachaça, "muié", risca-faca, zona (óbvio), amante, entre outras.
Conversando com uma amiga no ônibus que me leva à faculdade diariamente, chegamos a uma conclusão bastante óbvia sobre o porque desse gosto musical tão peculiar da classe: o nosso amigo motorista é um ser que passa horas solitárias, ele e a estrada, longe de tudo e todos que ama, longe de sua família, sua mulher e companheira, longe dos amigos e das festas, e, portanto, esse tipo de música antes mencionado é como uma janela de fuga para o corajoso condutor. É através dela que ele revigora sua alma, sua esperança e sua vontade de agarrar aquela vidinha tão simples. A temática do "corno" também se faz presente, logicamente, já que estando ausente de casa por tanto tempo é praticamente inevitável a entrada de um Ricardão na sua vida, na sua casa, na sua cama, e na sua mulher.

Agora entendo o motivo desse péssimo gosto musical. E como homem extremamente tolerante que sou, sigo em paz com essa verdade, até porque sempre que entro em um ônibus estou usando fones de ouvido. Coisa que os motoristas deveriam ter sempre em suas cabeças. Como nosso amigo Otto, um exemplo de motorista moderno!

sábado, setembro 15, 2007

A Saga De Um Brasileiro Na Argentina

Hola! Qué tal? (Não achei o ponto de interrogação invertido).
Como eu havia prometido no post anterior, estou publicando agora um relato em forma de diário sobre os dias que passei na Argentina, através de intercâmbio entre o IESA e o Instituto Hernando Arias de Saavedra. Deve estar cheio de erros, pois eu escrevia de madrugada, com sono, mas aí vai:

Quinta-feira, dia 30:

Saímos de Santa Rosa por volta das cinco horas. Chegamos a Porto Mauá e entramos na fila para pegar a balsa das seis e meia. Tudo certo na aduana, seguimos viagem, chegando ao destino final, Posadas, as nove e meia. Fomos direto para a faculdade, e conhecemos o pessoal do primeiro ano. Todos são muito receptivos, nosso professor deu um pequeno discurso, cada um dos estudantes brasileiros se apresentou, e depois os estudantes argentinos se apresentaram também. Houve um pequeno lanche para confraternizar e conversei com vários estudantes.


Após isso, ficamos sabendo quem seriam os nossos anfitriões. Da faculdade fomos dar umas voltas de carro pela cidade, meu anfitrião, César, juntamente com mais dois amigos, mostraram-me o centro, a Costanera, e os lugares para sair à noite. Achamos muito estranho os horários por aqui, as festas começam por volta das três horas da manhã. Fomos para a casa de César, tomei um banho e saímos para jantar. Comemos pizza, batatas fritas, e tomei a cerveja argentina pela primeira vez, muito boa, por sinal.


Depois da janta fomos ao Mentecato, uma boate muito bacana no centro, muita gente fazendo festa em plena quinta-feira. Não sei que horas voltamos pra casa.

Mentecato:


Sexta-feira, dia 31:

Acordei às nove e meia da manhã e fui com César para o centro, de ônibus, que não tem roleta. O café da manhã foi “chipas”, um tipo de pão-de-queijo muito bom. Fomos até a faculdade, onde seria feita a entrevista. Na verdade, foram várias entrevistas, para dois canais de televisão, e três jornais, nos sentimos muito importantes, hehe.


Quando a sessão de entrevistas terminou, fomos com o Horácio até a casa do Nicolas, o pessoal fez um almoço show de bola, com massa caseira e almôndegas, depois sentamos no pátio, e ao ar livre conversamos e fizemos a digestão.

Quando eram três horas, fomos passear pela Costanera, tiramos fotos e tomamos tereré com a ótima yerba mate.


Fomos para a faculdade as sete horas da noite, a primeira matéria que tivemos foi de Custos e Preços, estudamos a nomenclatura NCM de mercadorias, e o professor Hipolito Ortiz ditou uma página e meia de texto, que tentei copiar todo em espanhol mesmo, penso que com sucesso. Enquanto a aula seguia, o mate ia passando de mão em mão. Estava tão interessante que o tempo passou voando, e depois da aula fui jogar futebol com a galera, convidado por Gonzalo.


O futebol era na verdade futsal, e apesar de ter sido um jogo sério e disputado, foi bem divertido, até fiz um gol. Mas, depois de meia hora de jogo pedi pra ir ao arco para evitar um ataque cardíaco fulminante, que ia pegar muito mal naquela hora. Ô sedentarismo!


Saímos do futebol e fomos a casa de Gonzalo, pois precisávamos tomar banho antes de sair pra jantar. Acabamos ficando lá bastante tempo porque Gonzalo é baterista e tem uma bateria em casa, Facu também estava conosco, e ele é um fera absurdo na batera, quebrou tudo. E eu, humildemente, toquei um pouco lá, até meio envergonhado.



Depois da bateria e do banho, começamos a falar de música e Gonzalo me mostrou os sessenta gigabytes de mp3 que ele tem no computador. Muita música brasileira, fiquei feliz. Por sorte eu tinha um pen drive na mochila e pedi para ele copiar umas músicas argentinas para mim. Ele selecionou várias músicas pro meu pen drive, e disse que ainda vai gravar um dvd com outras músicas, achei bem bacana, o pessoal é gente fina mesmo!

Enfim, fomos jantar, mortos de fome. A turma havia combinado de jantar em um restaurante árabe, e encontramos todos lá, a comida estava muito boa mas eu não consigo lembrar o nome dela, culinária árabe, em espanhol! Houve até show de dança do ventre:

As gurias estavam cansadas (eu estava destruído do futebol, mas se me chamassem pra sair eu ia de qualquer jeito! Não é toda semana que posso passar em Posadas) e resolvemos não ir a nenhum bar ou boate. Apenas passeamos de carro com César, e agora estou deitado numa cama de casal (sozinho) com dores no corpo todo, de barriga cheia, feliz da vida, e louco pra chegar amanhã para conhecer mais dessa gente boa e receptiva e fazer coisas bacanas. Abrazos!

Sábado, dia 1:

Levantei tarde, perto das onze horas. Cristian, Miguel e César estavam na sala. Nem tomei café da manhã porque já saímos para ir a “carniceria” comprar carne para fazer um assado (o churrasco deles). Em seguida fomos até a casa onde iríamos almoçar. Aí o assado como eles fazem:


Horácio chegou um pouco depois com as brasileiras e eu fui com o César até sua casa para pegar minha mala e mochila, pois iria para o hotel pela tarde. Voltamos para o assado. Nem tive tempo de comer e já fomos para o canal 12 para fazer uma entrevista ao vivo, que durou apenas um minuto. Foto com o apresentador do programa:


Depois disso fomos para um hotel no centro, largamos as coisas no quarto e fomos passear pela redondeza. Tomamos sorvete perto do shopping center (Horácio comprou um balde de 1 kg de sorvete, para tomar ali).


Passeamos um pouco, as gurias resolveram comprar umas roupas e como eu sei que isso é praticamente uma tarefa sem fim, resolvi voltar ao hotel para tomar um banho e descansar um pouco (ainda estava com o corpo dolorido por causa do futebol, ô sedentarismo!).

À noite fomos à casa de Gonzalo, conheci a banda dele, a Skylap, assisti ao ensaio e depois tocamos algumas músicas dos Mamonas Assassinas juntos, eles conhecem todas! Conheci muita música argentina nessa noite, principalmente conversando com Fernando, o excelente vocalista da banda. Depois do ensaio a galera começou a chegar. Comemos pizza, tomamos vinho e umas cervejas também. Conheci mais umas pessoas muito bacanas lá e aprendi umas piadas castelhanas. Aqui a festa começa tarde. Todo mundo vai para as casas noturnas por volta das duas, três horas da madrugada. E assim fomos a um dos lugares mais incríveis que já conheci: o Complejo Power. Esse complexo é uma danceteria gigantesca, com 12 ambientes, distribuídos em uma quadra inteira ondem cabem quatro mil pessoas. Loucura! Só sei que voltei pro hotel as sete e meia da manhã.


Domingo, dia 2:

Foi um “dormingo” mesmo. Acordei as quatro da tarde, tomei um banho e mandei uma mensagem ao Gonzalo, pois queria assistir a mais um ensaio da Skylap. Aí algo muito desagradável aconteceu. Não encontrei meu dinheiro, que havia deixado na mochila, dentro do quarto. Depois de muito procurar, não pude deixar de suspeitar da camareira, a única pessoa que entrou no meu quarto enquanto estive fora. Gonzalo ficou louco da vida com a história, xingou todo mundo no hotel e me levou à polícia, onde prestamos queixa. Aí perdi o resto da tarde e uma parte da noite também, estraguei o ensaio (que acabou não acontecendo) e deixei todo mundo preocupado. Que merda! Sempre alguma coisa pra estragar, tudo estava perfeito até então. Mas confio que a polícia vai fazer o seu trabalho, só me resta esperar. Gonzalo perguntou se eu queria ficar na casa dele, e eu disse que sim. Prontamente, ele me levou ao hotel e fiz o check-out. Já era noite, ficamos em casa conversando, mostrei umas fotos que tinha no meu laptop, escutei mais música argentina e fui dormir as quatro da manhã. O tempo passou voando. E sim, as dores do futebol ainda continuam.

Segunda-feira, dia 3:

Horácio havia dito no Domingo que teríamos a manhã de Segunda livre. Mas às nove e meia ele me ligou avisando que iríamos ser entrevistados ao vivo pelo canal 6. Gonzalo me levou até o hotel, onde todos se encontrariam (eu, as 3 alunas do IESA, e Horácio). A entrevista foi no centro mesmo, na rua. Não cheguei a falar nada dessa vez. Depois da entrevista fomos à casa dos estudantes do segundo ano, Nico, Alícia, Mateo e Gustavo. Gente muito boa. Compraram vários tipos de empanados (nosso pastel de forno) e almoçamos juntos. Conversa depois da comida, tereré de suco de maçã, e mandei uma mensagem pro Gonza para ele nos buscar. Ele ficou sem gasolina no meio do caminho, mas conseguiu chegar depois de uns 30 minutos. Fazia muito calor e as gurias pediram se podiam lavar a roupa suja que tinham. Em seguida, deixamos as gurias no hotel e fomos pra casa. Tomei um banho, coloquei a roupa suja pra lavar, e então aproveitei o tempo que tinha antes da aula na faculdade para passar umas fotos da câmera para o laptop.

Hora de estudar. Às sete horas começam as aulas no Instituto Saavedra. Foram três matérias nessa noite: Seguros Internacionales, Exportación, e Macroeconomia.

Às onze horas acabou a aula. Ficamos conversando um pouco com a galera e fomos pra casa. A mãe de Gonzalo preparou uma janta para nós, com hamburguer, filé ao molho de atum, salada e pão. Estava muito bom. Olhamos um pouco de televisão, discutimos política e depois fui dormir, já que as seis e quinze da manhã teria que acordar para pegar a excursão que vai sair da faculdade para conhecer uma fábrica de yerba mate. E claro, antes de dormir escrevi o que aconteceu aqui neste .doc que pretendo colocar no blog.

Ciao!

Terça-feira, dia 4:

Levantamos cedo para ir à faculdade, de onde saiu a excursão às sete e meia. Um microônibus bem bacana, com dvd e ar condicionado, nos proporcionou uma viagem confortável e tranquila (exceto pelo samba que tocava) até Santa Ana, redução jesuítica de Misiones. Lá, um guia explicou toda a história daquele povo, que se assemelha em vários pontos com São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul. Depois de completo o tour, viajamos até San Ignacio, onde vistamos mais ruínas. Em Santo Ignacio há mais coisa para ver, e havia uma cambada de turistas e estudantes lá, tiramos várias fotos e fizemos uns vídeos, e depois fomos almoçar num “comedor” ali perto.



Após o almoço, fomos visitar a fábrica da Piporé, uma indústria de erva mate. Como havíamos chegado cedo na cidade, ficamos na praça um tempo e aproveitamos para jogar um futebol sob um sol de rachar, parecia um bando de crianças. Por volta das 3 da tarde fizemos a visita a Piporé, assistimos um vídeo sobre a história da empresa e até da erva mate, mas o pessoal não gostou muito do passeio, pois acharam que a guia não nos deu a atenção devida, nem um presentinho pros brasileiros deram. Horácio disse que vamos visitar outra fábrica que até térmica dão de lembrança. Bueno.


Voltamos então a Posadas, e só deu tempo de chegar em casa e tomar um banho bem rápido, e já ir para a faculdade. Conheci as turmas de Relações Públicas e de Jornalismo, junto com as gurias brasileiras, em uma aula de português (achei bem interessante que nossa língua seja estudada) onde os alunos nos fizeram diversas perguntas e nos divertimos bastante, muito bacana. Fomos convidados pela galera desses cursos para uma festa no dia 7, para celebrar a independência do Brasil. Que tal essa, hein? Mas não sei se poderemos ir, tomara que sim.

Depois dessa aula conversei com todo mundo, conheci mais gente finíssima e fui para o outro prédio da faculdade para a aula de Globalização. Enquanto isso as gurias foram ao supermercado comprar ingredientes para fazer um carreteiro gaúcho na casa do Miguel. Depois da aula de Globalização, tive uma aula de Logística, com o excelente professor Carlos Velloso. Ele passou um vídeo sobre a Sadia, mostrando a perfeita logística da empresa. O vídeo estava todo em inglês, e por isso fui traduzindo para o espanhol para o pessoal. Aliás, senti muito orgulho de uma empresa brasileira de altíssimo nível que é a Sadia.

Terminada as aulas, liguei para o Gonzalo para pedir que ele me buscasse. Enquanto esperava por ele, Mateo e Gustavo fizeram-me companhia até que Gonza chegasse, mesmo tendo que estudar e descansar para fazer o TCC deles no dia seguinte, que gurizada gente boa!

Fomos então a casa de Miguel, comemos o carreteiro das gurias (que estava excelente) e depois jogamos truco argentino de verdade.

O pessoal começou a ir embora, então decidimos ir jogar basquete de madrugada. E fomos mesmo. Jogamos mais ou menos uma hora e fomos pra casa, tomei um banho e escrevi esse texto as 4:50 da manhã.


Quarta-feira, dia 5:

Acordei às nove horas para ensaiar com a banda do Gonzalo, já que fui convidado para cantar três músicas dos Mamonas com eles, na Sexta-feira, no Montoya. Tocamos até as dez e meia, quando chegou o Horácio para me levar a mais uma entrevista ao vivo na tevê. Buscamos as gurias no hotel, e fomos até o estúdio. O nome do programa é El Mirador, e fomos entrevistados por uma apresentadora muito simpática, foi muito legal.

Pedi ao Horácio para que me levasse de volta ao ensaio, queria estar bem afinado com eles pra não fazer feio na Argentina. Voltei de carona à casa do Gonza, e ensaiamos mais um pouco. Havíamos sido convidados para almoçar na casa da Alícia, e ele me levou até lá, só que não ficou, deu carona para o Maurício, o guitarrista, e foi pra casa.

O almoço era “choripán”, o nosso salsichão com pão (a palavra vem da união das palavras “chorizo”, que significa salsichão, e “pán”, que é o pão, logicamente). Qual foi a minha surpresa ao ver que lá estava uma banda completa de pagode! Argentina! Os caras mandam muito, tocaram várias músicas muito bem, cantamos juntos e nos divertimos bastante com a Ritmo Maluco (nome atual dessa banda, que antes se chamava “Sem Camisinha”, mas que por alguma razão, não engrenava) até que fomos pegar um ônibus para ir até a Costanera, pegar o barco para ir ao Paraguai.



É impressionante a diferença de um lado do rio pro outro. A Argentina, toda organizada, com sua linda Costanera, contrasta com o Paraguai, feio, sujo e desorganizado. Uma lástima, nem quis tirar foto lá (por duas razões: risco de roubo, e porque é feio mesmo). Não tínhamos muito tempo para fazer compras, pois o último barco de volta para Posadas saía as cinco e meia, e já eram quatro e quinze. O jeito foi apurar. As gurias estavam procurando roupas e calçados, mas se decepcionaram com a qualidade dos produtos, tudo “trucho” (falsificado). Elas tiveram a excelente idéia de comprar um mp3 player para rifar em Santo Ângelo, para ajudar a cobrir os custos das hospedagens dos estudantes argentinos que vão para o Brasil em Outubro. Enquanto isso, comprei um cartão de dois gigabytes para o meu celular.

A coisa que eu mais queria era comprar um pedal duplo pra minha bateria, e comecei a procurar por instrumentos musicais. Sem sucesso. A loja mas próxima ficava na parte alta da cidade, e como não tinha muito tempo, tive que subir correndo por uma rua muito enclinada. Nico me acompanhou até lá em cima. Perguntamos a várias pessoas sobre a localização da loja, e a cada vez que perguntávamos a resposta era “mais uma quadra adiante”. Passadas umas cinco “uma quadra adiante”, encontramos a loja faltando sete minutos para a saída do barco. Fui seco no vendedor perguntando sobre os pedais duplos, olhei um modelo da Mapex que me foi recomendado, pedi o preço, beleza, era quase 300 reais mais barato que no Brasil, fui pegar o dinheiro para comprar e... não tinha dinheiro suficiente!!! Que raiva absurda que me deu, depois de tanto esforço. Mas fazer o que, já que meu dinheiro sumiu misteriosamente do hotel. Corremos para pegar um táxi e embarcamos a tempo no barco, voltando para Posadas, que parecia um paraíso depois de conhecer Encarnación.

Peguei um táxi para casa, tomei um banho, e fomos para a faculdade, Gonzalo e eu. Tive aula de Ética, e depois de Exportação. Fizemos um vídeo bem descontraído com uma filmadora, era pra ser sério em princípio, uma entrevista com cada um dos brasileiros. Mas logo virou bagunça e acho que ficou muito melhor assim.

Depois da faculdade fomos para a casa do Horácio, comer um churrasco que estava uma delícia. Comemos, bebemos, conversamos e demos muitas risadas. Ficamos lá até umas duas e meia da madrugada, e fomos para a Costanera. Cheguei faz pouco de lá, e agora são exatamente 4:42 e eu vou dormir porque amanhã vamos visitar a Aduana às nove da manhã. Fui!



Quinta-feira, dia 6

Horácio me buscou em casa perto das nove horas, conforme combinado. Fomos ao hotel para pegar as gurias e nos dirigimos à Aduana. Novamente, fomos muitíssimo bem tratados e recebidos com muita atenção pelas pessoas. Assistimos a alguns vídeos sobre a AFIP (o que seria a nossa Receita Federal) e sobre o trabalho que é feito para combater o contrabando, o tráfico de drogas e animais, e outros atos ilegais nas regiões fronteiriças. Chamou-me a atenção a forma como eles se aproximam da população, através de teatros para as crianças nas escolas, e festividades em datas especiais, como o Dia do Animal, no qual eles homenageiam todos os cães farejadores que trabalham nas Aduanas. Parece-me que no Brasil estamos muito distantes dos órgãos públicos, como se não fizessem parte de nossa vida ou que suas atividades não nos afetasse de alguma maneira.

Depois dos vídeos, a chefe da Aduana nos explicou uma série de procedimentos, e algumas estatísticas também, nos serviram café da manhã e nos deram presentes. Não penso que no Brasil alguém da Receita Federal iria dar tanta atenção a um grupo de estudantes, fiquei realmente impressionado com o desprendimento do pessoal aqui. Em seguida, saímos da Aduana no centro para conhecer as aduanas do porto e da ponte que liga Posadas a Encarnación. Foi um passeio valiosíssimo, pois tivemos a oportunidade de ver na prática toda aquela teoria que estudamos na faculdade, tudo com a explicação dos chefes das aduanas (quem melhor para fazer isso?). Após conhecer a aduana do lado argentino da ponte, atravessamos a ponte até o lado paraguaio, sem fazer os documentos necessários (é bom estar com o manda-chuva por aí), lá, o chefe da aduana nos explicou com detalhes o que acontece, nos mostrou documentos,e nos levou pra conhecer as instalações. Informação que não tem preço, ficamos estupefatos com tanta atenção.

Estava chegando a hora do almoço, e resolvemos ir a uma churrascaria brasileira, chamada Novo Rodeio. Recomendo, comida muito variada e de ótima qualidade, churrasco de primeira e tudo daquele jeito que brasileiro gosta, bem limpo e higienizado. Pena que o dono é gremista. Foto do almoço com nossos amigos da Aduana:

Almoçamos, conversamos, e voltamos pra Argentina, onde cheguei em casa por volta das duas horas da tarde. Chegando, tomei um banho, joguei videogame com a gurizada, e fui dormir um pouco até as seis e quinze, já que às sete horas deveríamos estar na faculdade para pegar a excursão a Oberá, para a Festa dos Imigrantes.

Viagem de ida divertida como sempre, muita música e muita risada. Chegamos no parque onde acontece o evento e conhecemos o lugar. É muito interessante, são várias casas espalhadas no parque, e cada uma representa um país que fez parte da colonização da província. Encontramos lá o nosso professor de comércio exterior, e responsável pela realização do intercâmbio, Lotário Wallauer. Ele ficou muito contente em nos ver, e a recíproca foi verdadeira. Visitamos várias casas e fomos jantar na casa brasileira. Eu não estava a fim de comer comida brasileira, queria experimentar algo novo, então só acompanhei o pessoal. Depois saímos a andar pelas casas suiças, russas, japonesas e demais. Mas acabamos jantando mesmo foi na casa Argentina.

Visitamos a casa árabe depois da janta e assistimos a um show de dança do ventre que estava muito bonito.

Aí então fomos ao microônibus e voltamos a Posadas. Dormi uma parte da viagem, pois estava muito cansado. Cheguei em casa e mantive meu relatório em dia, missão cumprida. Amanhã é nosso último dia e noite aqui, passou tão rápido mas fizemos tanta coisa! Com certeza será inesquecível.

Sexta-feira, dia 7:

Aí chegou o último dia. Esse dia não foi relatado no diário, por falta de tempo. Mas vou contar aqui como foi então:

Pela manhã visitamos à Biofábrica e um jornal muito antigo da Província, o El Territorio.

A Biofábrica é um lugar onde é feita a melhoria genética de vários tipos de planta, que a partir de uma planta-mãe são reproduzidas em laboratório para se obter a melhor qualidade possível.

Esse dia foi o único em que eu puder sestiar depois do almoço. Fomos para a aula de noite, matéria de Logística, e depois... SHOW!! Tocamos na Montoya, uma faculdade muito bacana. Cantei três músicas dos Mamonas Assassinas, desmunhequei total na Robocop Gay, acho que a galera gostou. Já comecei minha carreira internacional! Rááá.



Pra terminar a noite, fomos jogar boliche e sinuca.

E assim terminou a última noite em Posadas. Passou muito rápido esse tempo, valeu com certeza.


Abraços a todos os hermanos que tivemos na Argentina! Esperamos por vocês aqui no Brasil!



Sábado, dia 8


Foi o dia da volta pra casa. Voltamos de carona com o nosso professor Wallauer.

Foto com a minha família argentina:

Gonzalo, Lucia, Yuyi (minha mamita), e eu.

Fotos na balsa:

Eu, Andréia, Professor Wallauer, Elisandra e Sirlei

Eu...

...e no fundo, a base secreta de lançamento de mísseis e foguetes de Porto Mauá, disfarçada de torre de igreja, protegendo a nação:

E era mais ou menos isso, se você teve paciência pra ler até aqui, parabéns.

Falooooou!

terça-feira, agosto 28, 2007

Me Voy




Estou indo para a Argentina na quinta-feira, dia 30. Voltarei no dia 8, após completado o intercâmbio que está sendo feito entre o IESA (Instituto de Ensino Superior Cenecista de Santo Ângelo) e o Instituto de Estudios Superiores Hernando Arias de Saavedra, de Posadas. Quatro alunos brasileiros vão, e depois, quatro alunos argentinos vêm.

Não sei se terei acesso à Internet na casa da família em que vou ficar, por isso, posso não atualizar o meu blog diariamente como de costume.
Mas se Internet houver, quero tentar fazer um diário do que se passar lá. Só que não vou começar dizendo "querido diário" porque isso é coisa de quem belisca o azulejo.

Abrazos!!

sábado, julho 21, 2007

O Pan E A Pane

Eu não podia deixar de registrar algo sobre a terça-feira dia 17 de julho de 2007. Ligo a televisão pela manhã e vejo notícias maravilhosas dos jogos Panamericanos no Rio. Assisti ao vivo à conquista da medalha de ouro no revezamento 4 x 200 masculino, foi emocionante. A natação dando muitas alegrias, junto com a ginástica, que orgulho de viver nesse país campeão!

Após passar o resto do dia passeando por Porto Alegre, voltei à noite para casa e qual foi a minha surpresa ao não ver mais notícias empolgantes sobre o Brasil, mas sim, sobre o desastre que chocou o país inteiro: o acidente envolvendo um avião da TAM em Congonhas.

Foi um dia para lembrar o que o nosso país é de verdade: uma mentira.
Um governo omisso, irresponsável, a culpa é de tanta gente que é melhor dizer logo que estava TUDO ERRADO.
Até quando isso vai acontecer? Estamos nos rebaixando como sociedade, estou me sentindo envergonhado por ser de um país que é notícia no exterior não pelo lindo evento esportivo que se passa aqui, mas por uma tragédia desse tamanho, que grita para o mundo todo: "Ei! Somos nós aqui no Brasil falhando como nação mais uma vez!"

É tão bonito ver um atleta emocionado no pódio, beijando a bandeira do Brasil, com lágrimas nos olhos e cantando o hino nacional com toda aquela torcida de arrepiar. Mas de repente, as lágrimas de alegria que víamos pela televisão se transformaram em lágrimas de desespero, de inconformidade, de profunda tristeza, a mais profunda que pode existir que é a perda de um ente querido. As lágrimas da VERGONHA.

É a pane do sistema. Ou pior, dos sistemas. Que essa tenha sido a gota d'água, que a paciência de todo mundo tenha se esgotado, que a revolta tome conta desse território nacional ao qual chamamos de Brasil com tanto orgulho na canção "eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor" que se ouve no Pan.
Mas, no momento, eu sou um brasileiro, com muita vergonha, com muita revolta.

ACORDA BRASIL!!!

Deixo aqui minhas energias positivas para os familiares das vítimas e para qualquer um que, como eu, sentiu a dor dessas pessoas como se sua fosse.

quarta-feira, junho 27, 2007

A Importância do Gibi

Sempre fui um devorador de gibis quando criança. Minha alegria era ganhar novas edições para poder ler e me divertir com as histórias da Turma da Mônica, do Pato Donald, do Mickey, do Zé Carioca e outros.
Recentemente resgatamos um hábito muito saudável aqui em casa: o de manter uma pilha de gibis no banheiro. É perfeito, uma leitura rápida, engraçada e também nostálgica.

Foi então que comecei a pensar na importância que tiveram esses gibis para a minha formação como pessoa. Até cheguei a me comparar com pessoas que cresceram sem ter esse hábito, e com outras que, como eu, colecionavam caixas de "revistinhas".
Cheguei à conclusão de que fui bastante influenciado, visto que foi um dos primeiros contatos que tive com a leitura, ajudando-me com a ortografia e expressão literária desde cedo. Lembro-me de uma vez, na primeira série, quando uma professora me chamou e perguntou por que eu havia escrito "CRÁS" (ou alguma outra onomatopéia de impacto) quando desenhei a figura de uma cuia caindo ao chão, conforme o exercício havia solicitado. A minha resposta foi com a simplicidade de uma criança: "Porque quando quebra faz som, o chão não é macio". Aindo lembro da cara de impressionada da professora. Obviamente, fiz isso inspirado pelos gibis, sempre recheados de palavras onomatopaicas.

Pessoas que não leram muito na infância têm a tendência de adquirir, no futuro, dificuldades para escrever, falta de expressão e interpretação durante leitura em voz alta, pouco gosto pela leitura, e muitos erros de ortografia. Claro que não são todas, já que o hábito da leitura pode começar mais tarde, mas o que quero dizer é que o gibi é uma ótima "porta de entrada" para esse mundo.

Além dessas conclusões que citei, também percebi outra forte característica dos gibis: a tentativa de moldar o caráter humano.

Encontrei este exemplo, de um roteiro da personagem Magali, no qual ela havia pedido a sua mãe para que ela mesma pudesse ir à padaria buscar uns pãezinhos. Porém, no caminho de volta, ela não se contém e acaba comendo todos os pães antes de chegar em casa. Com medo de uma represália, ela inventa uma história dizendo que "um garoto muito feio, esquisito e de camisa verde" havia roubado-lhe as compras:


Clique na imagem para vê-la em tamanho maior.

Neste trecho ela confessa, pois não queria que o tal menino (que na verdade é o Cebolinha, coitado) sofresse as consequências. Vejam a lição que isso ensina: "não mentir para os pais".

Também encontram-se muitas histórias com o objetivo de conscientizar a criança sobre alguma coisa, ou tentando derrubar preconceitos:


Aqui aborda-se o tema do deficiente físico, e a importância da interação deste com outras crianças, ao invés de trancá-lo em casa (como acontecia muito há um tempo). Muito interessante.

"Respeitar a natureza". Esse tema é notado constantemente. Nesta história, Chico Bento planta uma árvore, a qual ele cuida com todo amor e carinho, até ela se tornar adulta e abrigar passarinhos, lagartas que viram borboletas e outras formas de vida. Eis que um dia, ele a encontra assim:



Além da abordagem desses temas, é possível encontrar histórias muito sérias, sendo, na verdade, críticas em formato de quadrinhos, como esta que encontrei:


Veja como é sério o conteúdo dessa história. Penso como sendo uma crítica às oligarquias, que através da nossa história conseguiram "manter a espécie" a custo de muito trabalho escravo, e ainda hoje, com salários baixos. Se alguém interpretar diferente, comenta aí.

Outra coisa que me chama a atenção é a emoção contida em alguns roteiros. Nesta história, Cebolinha espera que seu pai lembre de comprar o patinete que ele tanto queria, através de bilhetes escondidos em vários lugares da casa, do carro, e até no trabalho:


ele vai encontrando bilhetes o tempo todo, e ao final do dia...

Cebolinha se emociona ao ver que seu pai escreveu um único bilhete de volta, dizendo "Eu jamais esqueceria, filho!" Note que simplicidade, carregada de emoção, em uma história que é muito familiar para uma criança que deseja algum brinquedo.

Fazendo essa análise sobre os gibis tive muitas lembranças de uma época repleta de felicidades que foi minha infância. A contribuição positiva dos gibis, juntamente com o incentivo à leitura deles, por parte dos meus pais, ajudaram a formar o caráter da pessoa que vos escreve agora.
Por isso, tenho como certo que farei o mesmo com meus filhos, fazendo assinaturas de gibis o quanto eles quiserem. Por favor, façam o mesmo.

Abraços.

segunda-feira, maio 21, 2007

Impaciência

Estamos ficando cada vez mais impacientes. Enfrentamos teste de paciência todos os dias, esperando algum ônibus ou trem atrasado, aquela consulta que foi marcada para as três horas que só foi atendida às cinco, ou simplesmente algo que não saiu do jeito que queríamos.
Estava eu assistindo a um documentário sobre o Império Romano, que se desenrolava na forma da história da vida de um escravo que tornara-se um gladiador, quando uma passagem me chamou a atenção. Ele havia sido deslocado de uma pedreira, aonde era escravo, até a cidade de Roma, para entrar na escola de gladiadores, e ao chegar ele falou: "levamos 2 dias para chegar a Roma". Levando em conta que a península itálica não tem proporção territorial muito extensa, acredito que tal viagem deva ter sido de uns sessenta quilômetros. Em dois dias. Seria como ir da capital do mundo (Cerro Largo) até Santo Ângelo em dois dias.
Hoje, se levamos dois dias para chegar a algum lugar tem que ser MUITO longe. Não precisamos voltar muito na nossa história regional para saber que uma viagem longa assim era normal, e encarada com naturalidade.

É a tendência da evolução. Quanto mais dispomos de tecnologia, menos paciente nos tornamos. Um exemplo mais ilustrador e absurdo, é quando a página da internet demora para abrir depois do clique. Ficamos loucos, xingamos a máquina e clicamos repetidamente até dar certo, acessar o site do banco e verificar o saldo. Mas pense como seria isso um tempo atrás: você teria que se vestir, sair do conforto do seu lar, caminhar até o banco, talvez enfrentar uma fila, para finalmente poder checar sua conta.

Fiz no paint este gráfico, que explica melhor pra quem não entendeu:




Agora imagine-se viajando de carroça até Santo Ângelo (quem já viajou de ônibus de linha para lá não precisa imaginar muita diferença) e compare com uma viagem de carro hoje em dia. Em 30 minutos você chega lá (ou não).
Era isso que eu estava pensando, só uma rápida reflexão sobre o tema, já que quase ninguém mais tem paciência para ler textos extensos de um blog. Mas por um lado é bom ser impaciente, assim buscamos meios de acelerar o processo de evolução da humanidade. Quem for lerdo, vai ficar pra trás...

A Volta Do Que Não Foi

2 meses sem postar já é falta de respeito. Se eu fosse vocês até tirava dos favoritos, ou melhor, da página inicial. Mas como eu sei que ninguém consegue viver sem mim, fiquem à vontade para ignorar meu conselho.

Havia prometido uma foto minha na qual eu estaria nu. Como não costumo descumprir promessas, segue a tão esperada foto:





Bom, devido à política do Blogger, tive que censurar a imagem, como podem ver.
E para aqueles engraçadinhos que resolvam fazer piada sobre os documentos do rapaz eu digo: "E o de vocês também não encolhe no frio??!".

quinta-feira, março 29, 2007

Feliz Aniversário!!


Dia 28 de Março!! Data realmente especial para a humanidade.
Eis que neste dia, no ano de 1985, nascia uma das melhores pessoas que eu conheço: Carlos Felipe Veiga de Souza.

São 22 anos de ótima companhia, papos inteligentes, boa música e muito aprendizado, entre várias outras coisas.
Por isso, faço questão de deixar registrado:

PARABÉNS! TU É O CARA!

E, para comerar o evento, postarei aqui algumas fotos dos primeiros aniversários do Carlos Felipe:

Festa de 1 ano, vejam a perplexidade do rapaz diante do evento.





Festa de dois anos, agora já mais animado e percebendo ser o centro das atenções.





Festa de 3 anos! Rockin' the party yeah! Ali tava rolando uma festa rave.


Detalhe para a irmãzinha querida sempre agitando a festa nas fotos. Que amor!
Se liguem no blog pois a próxima publicação será apenas para maiores de 18 anos!!
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Valeu a todos que desejaram-me feliz aniversário através do Orkut, não vou responder a cada uma das mensagens pois sou um cara muito ocupado, fica aqui então o meu abraço. Obrigado.