quinta-feira, setembro 30, 2010

Testando a postagem a partir do Word

Estou neste momento testando a capacidade do Microsoft Word de publicar postagens em blog a partir de sua própria Interface, que é muito pobre, diga-se de passagem, sequer dotada da opção de texto justificado, mais se assemelhando a um Wordpad daqueles que vêm com o Windows.

Vou aproveitar para testar a capacidade de upload de imagens, inserindo a foto da única boa razão pela qual um homem deva assistir ao filme Iron Man 2 (que é uma bela bosta):

Scarlett Johansson, ruiva, de cabelos cacheados, e roupa coladinha... OMG.


P.S.: A porcaria da postagem em blog a partir do Word não conseguiu upar a imagem da preciosa Scarlett, então tive que fazer pelo Blogger, mesmo. Não recomendo o uso de tal ferramenta do Office.

domingo, setembro 26, 2010

A Música e Eu

Tenho uma ligação muito forte com música. Claro que todo mundo gosta de música, mas a maneira como me relaciono com ela é um pouco diferente da maioria. Ela me influencia de tal maneira, que o simples fato de estar em um ambiente com música que considero ruim pode alterar totalmente meu humor e a maneira como converso com alguém. Isso é um grande problema para quem durante anos precisou viajar em um ônibus para ir à faculdade todas as noites, suportando todo tipo de tortura sonora. Sou chato ao ponto de ficar indignado com uma pessoa próxima se descubro que ela é “fã” de algum sertanejo ou algo do gênero. Eu sei que isso é ruim, tento disfarçar, mas na maioria das vezes não consigo e acabo fazendo papel de intolerante. Eu não tolero intolerantes.

Mas o que eu quero com esse post é compartilhar um pouco da minha história com a música, que começa ainda bem pequeno, quando ganhei meu primeiro instrumento musical: um xilofone. Pra quem não sabe, ou não lembra, xilofone é algo parecido com isso aqui:

Ali comecei a ter as primeiras noções de tons, e como as notas se relacionam, mesmo sem ter a menor idéia do que estava tocando. O importante nessa fase foi o estímulo.

Como minha irmã, quatro anos mais velha, escutava muita música, eu sempre ia na carona e acabava aprendendo todos os sucessos da Xuxa, Balão Mágico, palhaço Bozo, e outras fitas K7 comuns na época. E um pouco mais tarde, ganhei minha primeira guitarra, de brinquedo, claro, mas já era o suficiente pra eu me considerar um “rockstar” e passar horas desviando a atenção dos meus pais do Jornal Nacional para as minhas performances:

Aos poucos fui percebendo como era fácil gravar as músicas na cabeça. Podia ser um simples comercial de TV com uma música atrativa, ou a abertura de uma novela, seriado japonês, eu gravava em detalhes na minha mente o que escutava. Muita coisa lembro até hoje, vinte anos depois, e por isso sou um eterno saudosista do Jiban, do Jiraya, do Jaspion, entre outros.

Com o passar dos anos, fui conhecendo música de verdade. Comecei ouvindo o que tinha em casa, e lembro bem de vários álbuns em fita K7, como por exemplo:

Legião Urbana – Dois (Eduardo e Mônica estourou, mas eu gosto de todas do álbum)

Paralamas do Sucesso – Arquivo (cópia, feita numa basf bem tradicional, coletânea excelente)

Michael Jackson – Bad (Who's Bad??)

Também lembro de alguns LPs que tínhamos em casa, com algumas coletâneas de estações de rádio que traziam músicas nacionais e internacionais.

Era uma época interessante para quem estava começando a conhecer e gostar de música. Era comum a troca de fitas K7, e logo em seguida, a música se espalhava emprestando CDs. Era legal porque você realmente conhecia a música, ela era algo “sólido”. Você pegava as capas dos CDs para ler as letras ou ver as fotos, e tudo isso acabava compondo uma sensação maior do que apenas ouvir uma música baixada em mp3. Mas claro que meu contato inicial com os CDs da época se deu através da minha irmã. Aliás, tenho muito a agradecer à minha irmã. Foi graças a ela que conheci e escutei muito desses álbuns:

Alanis Morissette - Jagged Little Pill (Head Over Heels é minha favorita do álbum)

Nirvana - Nevermind (clássico dos clássicos, inesquecível)

Green Day - Dookie (do tempo que eles eram bons, hoje é triste de ouvir e ver)

E um pouco depois (1998): Titãs - Acústico MTV (melhor e mais vendido acústico brasileiro)

A influência dos colegas de colégio e das rádios também ajudou na formação musical. Aliás, naquele tempo o rádio tocava muita coisa interessante e variada. Hoje em dia é só modinha nacional (sertanejo universitário) e uma internacional (emo/happy rock) e algumas figurinhas tristes e decadentes do pop, que chamam atenção mais pela imagem (ridícula, claro) do que pelas músicas em si. Lembro de alguns álbuns marcantes que exemplificam isso:

Shakira - Pies Descalzos (hoje ela se vendeu, mas na época era fodona)

Gabriel, O Pensador - Quebra-cabeça (bombava nas festinhas do colégio, quem não cantava "maresiaa, sente a maresiaaa"?)

Barão Vermelho - Álbum (Amor, meu grande amoor)

Skank - O Samba Poconé (que beleza é uma partida de futebol)

Skank - Siderado (Mandrake e os Cubanos moeu)

Mas agora entramos na fase do Ensino Médio. Chamado de Segundo Grau, então. Aí comecei a ouvir bastante rock, e depois muito heavy metal, mas bastante variado também com alguns raps e new metal. Alguns exemplos dessa fase:

Acústicos e Valvulados - Acústicos e Valvulados (até a hora de parar)

Capital Inicial - Acústico MTV (ressuscitou os caras, tocava muito)

Engenheiros do Hawaii - 10.000 Destinos (álbum recheado de sucessos, minha favorita é "Ninguém = Ninguém")

Raimundos - Raimundos (Puteiro em João Pessoa pirava a moçada)

Raimundos - Lavô Tá Novo (I Saw You Saying, That You Say That You Saw)

Metallica - Black (clássico eterno, todas as faixas são excelentes, Enter Sandman hino!)

Metallica - Reload (ganhei de aniversário, tenho até hoje, Fuel é demais)

Metallica - S&M (uma obra-prima inesquecível, Sad But True ficou de arrepiar!)

Iron Maiden - Fear of The Dark (dispensa comentários)

Iron Maiden - Brave New World (provou que os caras ainda podiam ser o Iron)

Korn - Follow The Leader (som novo que chamou atenção demais, Freak On A Leash tem um clip épico)

Korn - Issues (Make Me Bad é minha favorita)

Linkin Park - Hybrid Theory (enlouqueceu a galera, guitarras com DJ em perfeita sintonia)

Limp Bizkit - Chocolate starfish and the hot dog flavored water (falou por uma geração adolescente, marcou)

Eminem - The Marshall Matters LP (won't The Real Slim Shady please stand up?)

Nirvana - Unplugged in New York (última obra deixada pelo ídolo eterno Kurt Cobain, todas as faixas são viciantes)

AC/DC - Live (Thunderstruck!)

AC/DC - Ballbreaker (this album is hard as a rock)

Enfim, esses eram álbuns em CD, mesmo. Coisa que eu lembro ter em mãos. Na verdade, tinha muito mais música e a gente começava a gravar CDs de mp3 e lotar HDs facilmente com tanta informação musical.

No meio de toda essa influência, aprendi a tocar alguns instrumentos. Comecei pelo teclado, aos 10 anos. Depois passei para o violão, aos 14. E por fim, aventurei-me na bateria, aos 22 anos, onde continuo até hoje com a Bandalarga. Tudo isso só contribuiu para a minha paixão pela música, e por isso ela é mais do que ondas sonoras para mim. Eu ouço a música, sinto a música, crio e toco (meia-boca) a música, e nunca deixo de me sentir um ser misturado com ela.

"Shooow me how to liiiiive!!"

Tenho pena das novas gerações, que infelizmente têm a música apenas como moda, algo descartável, que se baixa na internet e se deleta um tempo depois, influenciadas por imagens apelativas e lavagem cerebral do rádio e televisão. A música vive seu pior momento na mídia em meus 25 anos de vida. Mas ainda há esperança. Ainda há quem se interesse pela música de verdade, and for those about to rock, WE SALUTE YOU!

domingo, agosto 29, 2010

Macho Pra Caralho


Existem certas situações em que a hombridade tem que prevalecer. Acima de tudo, o orgulho, a macheza, e os culhões precisam ser demonstrados publicamente para que você faça o mundo entender porque você merece carregar o cromossomo Y. Vou lhes contar uma história que ilustra bem isso:

Época de carnaval. Aquela alegria contagiante, ninguém quer ficar parado por um segundo sequer, exceto um amigo meu, aqui chamado de Roberto em homenagem ao segundo nome de seu querido pai. A razão pela qual Roberto queria um pouco de sossego era porque estava voltando de um baile, exausto, em alto grau etílico, e tendo que trabalhar dentro de algumas horas. Sendo assim, acomodou-se em uma das poltronas no corredor do ônibus de seu bloco de carnaval, reclinou-se bem e deixou que o cansaço e a bebedeira o levassem para os braços de Orfeu.

No entanto, para o azar de Roberto, alguns integrantes do bloco ainda estavam no espírito do “não pode parar”, e começaram a algazarra dentro do ônibus, cutucando aqueles guerreiros que tentavam dormir, gritando e agitando, com a energia dos despreocupados com a vida.

Frente àquela situação, meu amigo adotou uma estratégia audaciosa: fingiu não dar bola para o que estava acontecendo, e simulava um sono profundo. Isso incomodou bastante aos baderneiros, que não poderiam admitir que alguém se acostasse na viagem de volta. Obviamente, Roberto tornou-se o alvo número um do bando, que se aproximou e iniciou a sessão de torturas: berros ao pé do ouvido, cutucões, música alta... e Roberto resistia bravamente, sem demonstrar sequer um movimento muscular facial ou alteração de ritmo respiratório. Considerava-se um vitorioso, capaz de quebrar o espírito do grupo, que aos poucos ia desistindo de importuná-lo. Ele só não contava com o ataque final...

Utilizando-se da mais cruel, vil e sorrateira forma de tortura humana, um dos agitadores aproximou sua região glútea às inocentes e repousantes narinas de Roberto, e sim, acreditem, lançou uma generosa flatulência em sua direção. Mas não foi qualquer flatulência, veja bem. Era carnaval. Sabemos o que elevadas quantidades de cerveja são capazes de fazer dentro do organismo humano, produzindo verdadeiras armas químicas, “bufas” ácidas, que são capazes de corroer cuecas e fossas nasais com facilidade. Que situação horrível sofreu meu amigo.

Corajosamente, Roberto não esboçou qualquer reação. Percebendo que havia sido vítima de tal atrocidade, concentrou-se em não se entregar, e lentamente respirou toda a pura essência do metano fétido que invadia suas vias respiratórias e lhe traumatizava para sempre. Sem fazer careta, sem lacrimejar, sem pedir arrego. Tal foi sua resistência, que o bando desistiu por vez de incomodá-lo, e tomou seu rumo para o fundo do bus. Roberto havia vencido. Podia agora tentar descansar. Esse, meus amigos, é o real exemplo do que é ser macho pra caralho


domingo, agosto 08, 2010

Valores

Os nossos andam assim:



Sad but true.

sexta-feira, julho 02, 2010

Experiência...

Colega meu, já além da meia-idade, será papai pela primeira vez. Sabendo disso, alguém resolveu fazer uma brincadeira de mau gosto, dizendo - vai brincar com o filho de bengala hein? - ao que ele respondeu - bengala nada! Bem galo!

E eu pensei cá com meus botões juvenis: "experiência, meu velho... experiência".

Vale muito.

quarta-feira, junho 23, 2010

Música - Semana Que Vem (cover da Pitty)

Saí hoje do trabalho com a música Semana Que Vem, da Pitty, na cabeça. Cantei ela o caminho todo até em casa, e foi por isso que resolvi pegar o violão e gravar uma versãozinha dela, sem preocupação, sem edição, e gravada pelo meu celular. Um cover simples, mas que deve significar algo maior, pela beleza da letra e pelo momento no qual essa música resolveu se instalar na minha mente. Espero que gostem.

Player:


Caso não carregue o player, ouça a música no site de hospedagem, clicando aqui.

segunda-feira, maio 24, 2010

O Bigode Do Meu Pai


Quando nasci, meu pai já tinha 44 anos e vários filhos de outras mulheres. Não vi, portanto, aquela figura paterna jovial, atlética, e com a disposição dos jovens adultos empolgados com a formação da sua família. Eu não era novidade. Ao invés disso, sempre vi a figura séria, daquele homem que parecia ser uma montanha, policial civil, sempre de óculos, e principalmente, de bigode. Era praticamente uma marca registrada o bigode, que desempenhava um papel importante na formação da imagem que sempre tive de meu pai: um homem sério, com um bigode sério.


Certo dia, porém, algo aconteceu. Algo que marcaria minha vida. Um momento que jamais esqueci e do qual me lembro com tamanha riqueza de detalhes que até parece ter se passado hoje de manhã. Eis o que aconteceu, em uma pacata manhã de domingo, em nosso apartamento na capital: estava eu, com meus aproximadamente 10 anos de idade, procurando meu pai pelo apartamento. Não o encontrando nos cômodos comuns, e ao ver uma luz acesa do banheiro, resolvi entrar. E foi então que meus olhos, incrédulos, depararam-se com a imagem de meu pai, com espuma de barbear sob o nariz, empunhando uma lâmina de barbear, esticando a pele acima do lábio superior suprimindo o mesmo, eliminando de sua figura o símbolo máximo da seriedade e sisudez. Assustado com a cena, que nunca imaginei que veria na vida (mesmo após anos e anos de insistência de minha mãe para que ele se livrasse do bigode), dei um grito e saí correndo contar para minha progenitora, que não acreditou em minhas palavras, mas que acabou igualmente espantada ao ver, minutos depois, um homem sem bigode saindo do banheiro.


Foi muito estranho. De repente, meu velho parecia tão desprotegido, desfigurado, pelado, e na minha imaginação de criança, até mesmo com frio. Não sei o que realmente motivou um homem de 54 anos a raspar o bigode. Ele provavelmente nem lembrava da última vez que o tinha feito. Até a pele sob o nariz estava mais clara, ressurgindo após décadas de escuridão sob os fios negros. Fios esses, aliás, que já não andavam tão negros. Estavam grisalhos, dando trabalho para tingir. Coisa que ele levou muito tempo para fazer, após insistência de minha mãe, e um pouco de influência do comercial do Grecin 2000.


Vai ver foi por isso que ele desistiu de ostentar seu bigode. Dava muito trabalho competir com o Tom Selleck.