segunda-feira, maio 17, 2010

A Pessoa Certa

Fiquei indeciso sobre o que escrever. Não sabia se seria melhor abordar um tema de forma humorística, de forma sarcástica (minha preferida), séria (raro acontecer) ou nonsense. Aí percebi que, além de não saber como escrever o que eu queria, eu não sabia o que eu queria como tema. E quando essas coisas acontecem, é melhor falar de algo comum pra todo mundo: o amor, da maneira mais sentimentalóide possível.

Acho fascinante observar aquelas mensagens pessoais que as pessoas deixam na internet. Pode ser no MSN, no Twitter ou Orkut, aquelas poucas palavras revelam bastante, e geralmente, são motivadas por outra pessoa, ou a busca pela outra pessoa. Juras de amor eterno, declarações públicas de afetividade, trocas de carinho virtuais. Tudo isso, todos os dias na tela do seu computador pessoal, só leva à conclusão que não é novidade pra ninguém, e que está sempre nas canções: “everybody is after Love”. Todo mundo busca ela: a pessoa certa.

Muitos e-mails já deram o ar da graça na minha caixa de entrada, com pequenos textos de autoria duvidosa, que exprimem as mais variadas formas de se lidar com as questões do coração. Mas, e aí, afinal de contas, o que é a pessoa certa?

Seria muita pretensão do degas que vos escreve pensar possuir a resposta dessa pergunta. Mas isso não me impede de dizer algo do tipo:

“Existe a pessoa certa? Ora, digo-vos que sim. Aliás, digo que existe mais do que apenas uma pessoa certa. Podem existir várias pessoas certas ao longo de sua vida. O que pode não ser certo, às vezes, é o momento que contextualiza a relação. Aí se busca outra pessoa certa. Para você e para o seu momento. Se é possível saber quando encontramos a tal pessoa certa? Creio que não. Ninguém nunca sabe quando a encontra. Você pode, sim, sentir. Sutilmente. Como um amanhecer suave. Quando a conversa flui tão fácil e divertidamente que se gasta uma madrugada nela sem a esgotar. Quando a vontade constante de se encontrar impera. Quando fazer algo por essa pessoa lhe dá uma sensação diferente, de mais que satisfação. Quando se compartilham gostos, dividem-se experiências e aprendem-se coisas novas, ou aprende-se a gostar de coisas antigas. Quando não é possível imaginar tudo de outro jeito, e enquanto houver esperança. Mas se essa última esmaecer, então a certeza vira incerteza, e uma vida com incertezas, essa, não vale a pena.”

2 comentários:

Unknown disse...

Cessa esse assunto, ok? hauhauh :P

D. Veiga disse...

O amor é um grande fanfarrão, não vou muito com a cara dele...